segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Notícia: ULP Marketing Week

   Conhecem a empresa Imperial? Se não, conhecem de certeza as suas marcas... Regina, Pintarolas, Jubileu e muitas mais fazem parte da vida dos portugueses há já muito tempo.
   Aqui está a notícia que terei de entregar no âmbito da Semana de Marketing.


O Império dos chocolates conquista a Lusófona do Porto

   A Sala de Atos da Universidade Lusófona do Porto encheu para ouvir Mariana Costa Oliveira, a gestora da marca Imperial. Na passada quinta-feira, alunos de várias escolas do Porto assistiram à palestra realizada pelos finalistas do curso de Ciências da Comunicação e da Cultura, no âmbito da 2ª edição da ULP Marketing Week.

   A Imperial, uma empresa de chocolates fundada em 1932, em Vila do Conde, tomou um novo rumo em 1973 quando foi adquirida pelo Grupo RAR. Este grupo empresarial levou a Imperial ao sucesso, investindo em mais capacidade de produção e na criação de novas marcas com grande notoriedade no mercado português.
   A partir da década de 80 começaram a surgir no mercado as grandes marcas que a população portuguesa está já habituada a consumir, como Pintarolas e Pantagruel, «foi o lançamento destas marcas que contribuiu para o nosso crescimento», aponta Mariana Oliveira.
   Em 2000, a empresa comprou a marca Regina, uma referência no mundo dos chocolates, em Portugal. Passado poucos anos, deu-se um desenvolvimento notável, tanto a nível de produção nacional como em expansão internacional.
   A empresa apresenta diferentes marcas para cada segmento de mercado assim, consegue chegar a todos os consumidores. De chocolates direcionados para crianças a chocolates de uso culinário, a Imperial faz a delícia de muitas pessoas.
   Atualmente, com as tecnologias de última geração capazes de dar resposta ao plano de crescimento da empresa, a Imperial tem grandes perspetivas para o futuro.

   Apesar da crise que se faz notar no país, Mariana diz que são nestas alturas que a empresa vende mais, «as pessoas estão em baixo emocionalmente, o que faz com que consumam mais chocolate». Ainda que a empresa tenha sucesso, não pode descurar da inovação para fazer face a uma concorrência forte, com grande capacidade de lançar vários produtos ao mesmo tempo. «Nós, como uma empresa portuguesa, temos de ter essa dinâmica de inovação».
   A Imperial está atenta às tendências e acha necessário compreender o mercado e interpretar os consumidores, «os jovens gostam de combinações diferentes, como chocolate com frutas ou com cereais e os adultos estão mais direcionados para os clássicos».
   Cada vez mais, as marcas apostam em diferentes tipos de alimentação, como produtos sem glúten e sem componentes de origem animal, e a Imperial tem isso em mente. Mas, «conseguir chocolates para pessoas com necessidades específicas implica uma produção, numa linha própria, exclusivamente para esse tipo de chocolate. Nós sabemos que isso é uma tendência do mercado, mas não sentimos necessidade de atender a esses nichos de mercado. Mais à frente talvez», explica a brand manager.
   Recentemente, a empresa completou 85 anos e o maior objetivo é conseguir um investimento para uma terceira fábrica. «Neste momento temos mais procura do que capacidade de produção. Pode ser que neste aniversário consigamos um investimento extra, seja para nos ajudar a responder a essa procura, seja para criar um produto diferente».
   Mariana explicou aos alunos, os processos criativos da empresa e a adaptação a outras culturas, como os chocolates com bolhas de ar do Brasil, a publicidade frenética da China e a sensualidade da publicidade de Cabo Verde, apontando para um grande investimento na internacionalização. A empresa rendeu cerca de 50 países com os seus chocolates e a Rússia é a próxima conquista, assim como a Índia, a Venezuela e o Peru.

   Os alunos de marketing da Lusófona ficaram deliciados com a palestra feita por Mariana Oliveira. «Foi a apresentação que mais aprofundou as diversas áreas do marketing. Tocou em pontos essenciais que estamos a estudar, como o marketing estratégico e o marketing internacional», afirma Bruno Ribeiro, finalista do curso de Ciências da Comunicação e da Cultura.
   Já a professora de marketing, Ana Mestre, admira a empresa por ser «uma marca muito antiga e tradicional com ligações fortes ao mercado da saudade vintage, mas que mantém um nível de inovação muito significativo em marcas top of mind, algo atípico nesta área. É uma excelente empresa, muito atenta ao mercado interno mas que não descurou uma estratégia de internacionalização. Todas as estratégias, numa equipa que não é grande, é um grande feito».
   Ana Mestre explica a presença desta marca na ULP Marketing Week, «é uma marca muito antiga que se move num mercado muito competitivo. É um meio com players muito fortes e a empresa tem conseguido impor-se internacionalmente».
   Em suma, a professora afirma ter sido uma semana notável, «os alunos fizeram um excelente trabalho, de um empenho, entrega e dedicação exemplares. Foi um orgulho liderar esta equipa».

Mariana Costa Oliveira, brand manager da Imperial, Bruno Ribeiro, finalista de Marketing e a professora Ana Mestre

* escrito com o novo acordo ortográfico *

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